Não quero morrer de ti…
Mas o meu coração fica pequenino e sem ritmo à medida que se afasta do teu…
Todos os espaços estão vazios, faltas tu em todo o lado meu amor, tu em todos os lugares.
E longe de ti há vento. E o vento é mudo e triste.
E longe de ti há chuva. E a chuva é tonta e sem graça.
E também há sol, às vezes… mas o sol é frio e pálido.
E longe de ti há as vozes das crianças ao fundo e todos os sons do mundo, distantes.
Porque longe de ti, a vida suspende-se à espera do reencontro consigo própria.
E quando estás perto, meu amor, estás tão perto!
Que todo o sangue se agita e pretende sair do meu corpo, porque te conhece e te pertence.
E é ao som da tua voz que o meu coração sabe quem é e como tem que bater.
E ao pé de ti, todo o meu corpo é maré. Vem e vai. Vai e vem.
Perante o seu astro dominante.
E do teu olhar vem toda a luz, e um suave sorrir teu basta, para iluminar todo o meu peito.
E assim ascende do meu ventre esta dança em chamas, que te chama, chama, chama...
E de ti emana todo o ar que respiro, que me percorre e me sustém.
E sem esse ar, creio eu, não há esta vida nem este fogo.
Tão intensamente se escreve assim, esta paixão no meu corpo…
Enches tudo meu amor. Enches tudo.
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