Desde que te amo, vê, quase infalivelmente,
Todas as noites vens aqui. E às minhas cegas
Paixões, e ao teu furor, ninfa concupiscente,
Como um súcubo, assim, de fato, tu te entregas...
Longe que estejas, pois, tenho-te aqui presente.
Como tu vens, não sei. Eu te invoco e tu chegas.
Trazes sobre a nudez, flutuando docemente,
Uma túnica azul, como as túnicas gregas...
E de leve, em redor do meu leito flutuas,
Ó Demônio ideal, de uma beleza louca,
De umas palpitações radiantemente nuas!
Até, até que enfim, em carícias felinas,
O teu busto gentil ligeiramente inclinas,
E te enrolas em mim, e me mordes a boca!
Emiliano Perneta
(1866-1921)
Uau!Fauno nos brindando com poemas! =)
ResponderExcluirOrra Faustinho... (escrevi orra pq minha vontade mesmo era de colocar o P na frente, rs) que MARAVILHA de poema... Detalhe: não conhecia o autor. Googlei o nome do cara e me impressionei de saber que ele é brasileiro... Paranaense, simbolista e abolicionista... que genial!! Já estou a caça dos artigos políticos e literários... hehehehe. Esse é de um primor, que eu adorei... Valeeeeeeeu. Excelente dica de domingo. =)
ResponderExcluirdelícia
ResponderExcluirQue poema!
ResponderExcluirO que seria da vida sem poesia!... Ai, ai... =)
ResponderExcluirPois é minha, amiga!... De vez em quando passeio pela web lendo pensamentos e poemas, e dei de cara com esse autor (que tbm não conhecia)... Me apaixonei por seu estilo... Virei fã!... =)
ResponderExcluirTbm achei, minha amiga!... =)
ResponderExcluirMuito bom né, Tan!... =)
ResponderExcluir