sábado, 22 de dezembro de 2007

Louise Brooks




Louise Brooks foi, sem dúvida, uma atriz à frente de seu tempo. Dona de uma beleza incomum, também era dotada de uma personalidade fortíssima, e determinação implacável.

Numa época em que a maioria dos atores e atrizes, para ter trabalho, tornavam-se submissos e eram explorados ao máximo, mal pagos, e freqüentemente nem tinham seus nomes exibidos nos créditos dos filmes, com seu temperamento explosivo, Louise, não aceitava as normas vigentes na ainda jovem Hollywood incomodando muito aos donos de estúdios, o que de certa forma explica o porquê dela ter sido colocada de lado por tantos anos.

Mary Louise Brooks teve uma carreira breve em Hollywood, tendo participado de 24 filmes entre os anos 1925 e 1938. Sua imagem e atitudes permanecem, no entanto, como símbolos de uma época, e uma de suas características mais lembradas será sempre o corte de cabelo liso e curto, que lançou moda e tornou-se um ícone dos anos 20.

Se apenas um filme pudesse ser selecionado para lembrar seu trabalho, este não seria nenhum dos produzidos em Hollywood, mas sim "Pandora´s Box" (A Caixa de Pandora), rodado na Alemanha e considerado um clássico.

Nesta produção de 110 minutos de duração, Louise interpreta Lulu, uma mulher sedutora, que hipnotiza e destrói todos os homens que se aproximam dela. Há quem diga que sua tumultuada vida amorosa, teria lhe servido de inspiração para a personagem, pois de fato Louise teve muitos romances, sendo o mais famoso com Charles Chaplin.

Em 1955, na exposição "60 Anos de Cinema" realizada no Museu de Arte Moderna, em Paris, foi colocado na entrada do prédio, em grande destaque, um imenso pôster de Louise.

Perguntado porque havia escolhido Louise para aquela posição de honra, no lugar de Greta Garbo ou Marlene Dietrich, atrizes bem mais populares, o diretor da Cinemateque Française, Henri Langlois, fez a declaração que se tornaria eterna: "Não existe Garbo. Não existe Dietrich. Existe apenas Louise Brooks".

Louise nasceu em Kansas, Estados Unidos, em 14 de novembro de 1906. Aos 4 anos de idade já estava no palco de sua cidade. Aos 15 decide ir sozinha para New York, e une-se à "Denishaw Dance Company", principal companhia de dança moderna americana.

Em 1923 faz diversas apresentações nos Estados Unidos e Canadá, sempre com muito sucesso. Em 1925 une-se ao legendário grupo "Ziegfeld Follies", onde conquista posição de destaque, e faz seu primeiro filme "The Street of Forgotten Men".

Assina a seguir um contrato de 5 anos com a "Paramount Pictures" e em 1927 muda-se para Hollywood, onde participa de diversas produções. Em 1928, após o produtor B.P.Schulberg lhe negar um aumento, Louise deixa a Paramount e embarca rumo à Alemanha a convite do diretor G.W.Pabst para filmar "Pandora´s Box".

No final do ano retorna à Hollywood e, já no início da era do cinema sonoro, mas ainda aborrecida com a Paramount, recusa uma oferta de US$10.000 para dublar seu personagem no filme Canary Murder Case, produzido sem som e por isso ainda não lançado.

Graças à este episódio, ela seria praticamente encostada em definitivo pelos produtores de Hollywood. Entre 1929 e 1938 participa de poucas produções na Europa e Estados Unidos. Em 1943 volta à New York, conseguindo trabalho na radio CBS.

Nos anos seguintes, esquecida pelo cinema e pelo público, ganha seu sustento de várias formas, inclusive como vendedora da loja Sak´s Fifth Avenue.

Em 1948 começa a escrever sua biografia, que ela mesma destrói ao terminar, seis anos após.

Frustrada, ela justificaria dizendo que " Ao Escrever a história de uma vida acho que o leitor não pode entender a personalidade e os feitos de uma pessoa, a menos que sejam explicados os amores, ódios, e conflitos sexuais dessa pessoa. Não estou disposta a escrever a verdade sexual que tornaria minha vida digna de ser lida."

Apesar disso, daí para a frente dedica-se quase que exclusivamente à literatura, sendo que seu livro "Lulu in Hollywood" torna-se um best seller.

Com poucos amigos, Louise tem uma vida reclusa, sofrendo por muitos anos de artrite deformante, e falecendo no dia 8 de agosto de 1985, aos 87 anos de idade.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Amor Cladestino

Amor clandestino: um dia você vai ter um. Você solteiro e o outro casado, ou você casado e o outro solteiro, ou ambos casados.

Não é um amor como os outros. Amor clandestino é amor bandido, fora dos padrões. Requer encontros secretos, sussurros ao telefone, algumas datas impossíveis de serem compartilhadas e muita saudade.

Ou seja: é nitroglicerina pura! Nenhum desgaste do cotidiano, nada de sogra, cunhada e, melhor ainda, nada de filhos! É só os dois e aquelas horas contadinhas no relógio, impedindo que o casal perca tempo com qualquer outra coisa que não seja prazer. No entanto, as pessoas sofrem por causa destes amores. Se é tudo uma festa, qual é a bronca?

O amor clandestino, pra começar, é superestimado. Ele tem a cara dos contos-de-fada, dos filmes que passam no cinema, das cenas de novela. Vivenciamos uma idealização: o par perfeito, que vive entre quatro paredes e que ignora o que acontece do lado da porta da rua pra fora. Já que se vêem pouco, as palavras de amor transbordam, e como ao menos um dos dois é comprometido, o jogo da sedução é ininterrupto.

O sexo é a estrela da casa, por causa dele a relação nasceu e se mantém. Não é um amor como os outros, e isso é tão bom que acaba se tornando um problema.

Terminar uma relação assim é acordar de um sonho. E persistir numa relação assim é um pesadelo. O amor precisa ser ventilado, sair pra rua, respirar ar puro. O amor precisa de duas pessoas em igualdade de condições. Acreditar que basta uma cabana é ilusão: o amor precisa ser testemunhado.

Amores clandestinos são tentadores para as pessoas vaidosas, que precisam certificar-se do seu poder de fogo, que necessitam conquistar e serem conquistadas. Quem não tem esta vaidade? Umas sufocam, outras topam a parada. Uns saem da experiência revitalizados, outros atolam.

É muito difícil medir o verdadeiro amor diante de uma relação tão cheia de significados, com tantas armadilhas no caminho, com todo o ilusionismo que a sustenta. O que parece amor pode ser apenas uma fantasia levada às últimas conseqüências.

E o que parece apenas uma fantasia levada às últimas conseqüências pode ser mesmo amor. Falta parâmetros para medir este amor intramuros.

É o céu e o inferno de quem se atreve.
[Martha Medeiros]

domingo, 2 de dezembro de 2007

Satyrus e Faunus em arte




Aqui você terá alguns exemplos das várias manifestações artísticas envolvendo sátiros e faunos.

sábado, 1 de dezembro de 2007

Satyrus, Faunus & Cia




Imagens, ilustrações, desenhos, esculturas de Sátiros e Faunos com Ninfas, Bacantes, Deusas e Deuses. Se deixe seduzir!!!...