sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Tirada de Tarot - Lua Crescente - Outubro/2009

Tirada de Tarot para esta lunação: 
Lua quarto crescente em Aquário, 25 de outubro às 22h42 (horário de verão de Brasília).

Dica astrológica de Oscar Quiroga, para esta lunação: 
"Tempo propício ao romantismo e à sedução, para quem aprecia esse caminho. Para as pessoas de índole mais espiritualizada, neste tempo haverá maiores e melhores condições para entrar em contato com o mundo invisível e com todos os seres que, do lado de lá, fazem o possível para nos ajudar a transitar heroicamente pelo caminho entre o céu e a terra."

A lâmina que tirei: "Rei de Espadas"

O Rei de Espadas aparece poderoso comandando diretamente do seu trono. Ele tem uma grande espada em sua mão direita, e na mão esquerda, que repousa tranquilamente em cima de seu colo, traz um anel de poder em um  dos dedos. 

A parte de trás do seu trono é decorada com borboletas, luas crescentes, e apenas um anjo perto de sua orelha esquerda, posicionado como se lhe passasse orientações. 

O céu na carta se mostra relativamente claro com algumas nuvens, mas que não indicam uma tempestade. As árvores no fundo aparecem imóveis e refletem o julgamento severo do rei.

O Rei de Espadas tem o poder e a coragem de realizar todos os seus desejos. Ele é um símbolo de poder e de superioridade que pode ajudá-lo na sua demanda individual durante a vida. Ele mostra que se deve liderar com postura, mantendo as emoções sob controle, na pressão da batalha.

O Rei de Espadas é um homem de intelecto que pode absorver e trabalhar com informações de todos os tipos. Ele é um mestre da razão e da lógica. Seja lá qual for o problema, ele o analisara com facilidade. Podendo encontrar soluções de forma rápida, e ainda explicá-las lucidamente aos outros. 

Em uma situação caótica, ele põe fim à confusão e fornece a clareza necessária para avançar. Ele sempre é verdadeiro e pode ser invocado para lidar com qualquer situação de forma justa e honrosa. Ele é incorruptível e vive os mais altos padrões éticos, encorajando as pessoas próximas a fazer o mesmo.

É hora de encarnar o Rei de Espadas, e agir como tal em suas posturas. Essa é a certeza de que os temores serão vencidos, os obstáculos serão ultrapassados, e os objetivos serão alcançados.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Il Divo - The Adagio




Mais uma com o Il Divo... Desta vez cantando "The Adagio" na gravação do DVD "Il Divo at the Coliseum".

A gravação aconteceu nos dias 14 e 15 de setembro de 2008, na Arena de Pula, na Croácia.

Só pra constar, a Arena de Pula é o único anfiteatro romano remanescente a ter sua arquitectura totalmente preservada.

Il Divo - Unbreak My Heart




O Il Divo é um quarteto vocal composto pelo tenor norte-americano David Miller, pelo cantor francês Sebastien Izambard, pelo tenor suíço Urs Buhler e pelo barítono espanhol Carlos Marin.

Os quatro cantores foram reunidos em 2004 após uma audição mundial realizada pelo empresário britânico Simon Cowell - jurado do "American Idol" e de "Britain's got a Talent".

A mistura entre ópera e música pop conquistou o mundo. O grupo já vendeu mais de 22 milhões de álbuns e os três primeiros ("Il Divo", "Ancora" e "Siempre") atingiram o primeiro lugar em 39 paradas do mundo.

O álbum de estréia do Il Divo atingiu o primeiro lugar de vendas em 2005 sem nunca ter lançado um único single - fato que ocorrera apenas com Led Zeppelin em 1980.

Os cantores também alcançaram o álbum de Platina com "The Christmas Collection" (2005).

O Il Divo participou da turnê pela América do Norte de Barbra Streisand em 2006. E também interpretou, com a cantora Toni Braxton, a música "Time Of Our Lives", tema da Copa do Mundo de Futebol 2006 - Alemanha, na abertura e encerramento do evento esportivo.

"The Promise" (Sony BMG) é o quarto e o último álbum de estúdio de Il Divo, lançado em novembro de 2008. O CD, produzido por Steve Mac, é considerado o trabalho musical mais rico e diversificado do grupo. No repertório do álbum há The Power Of Love (La Fuerza Mayor), Hallelujah (Aleluya) e uma versão de The Winner Takes It All (Va Todo Al Ganador), do Abba.

Agora, o quarteto Il Divo subirá aos palcos do Credicard Hall, em São Paulo, em única apresentação, amanhã (27 de outubro), apresentando aos brasileiros a turnê mundial "An Evening With Il Divo", iniciada em fevereiro de 2009. Essa será a primeira vez que Il Divo cantará no país.

O repertório da turnê "An Evening With Il Divo" abrangerá os quatro álbuns lançados pelo grupo ("Il Divo", "Ancora" "Siempre" e "The Promise"). A terceira turnê do grupo visitará 32 países e 81 cidades em 2009, incluindo São Paulo. Antes de chegar ao Brasil, passará por diversos países como Estados Unidos, China, Austrália, Coréia do Sul, Japão, Nova Zelândia, México, Canadá, Reino Unido, Alemanha, Espanha, França, Suíça, Itália e Irlanda.

A direção criativa da turnê é de Willian Baker, que trabalhou com Britney Spears, Jamiroquai, Kylie Minogue, Garbage e Victoria Beckham. O figurino do show é composto por peças do estilista Giorgio Armani.

A turnê mundial do Il Divo é produzida pela Live Nation Global Touring em parceria com Octagon Music e Syco Music.

Para saber mais acesse: www.ildivo.com

E só pra ter uma "palinha" do que é um show deste quarteto, eu escolhi uma versão em espanhol do sucesso de Toni Braxton, "Unbreak My Heart"... Pode conferir!... E pra quem for assistí-los amanhã, a gente se encontra por lá.

domingo, 25 de outubro de 2009

Ivete Sangalo - Quando a Chuva Passar




A música que ficou na minha cabeça no dia de hoje... Muito linda!... A música e também a intérprete...rs

---------------------

Composição: Ramón Cruz

Pra que falar?
Se você não quer me ouvir
Fugir agora não resolve nada...

Mas não vou chorar
Se você quiser partir
Às vezes a distância ajuda
E essa tempestade
Um dia vai acabar...

Só quero te lembrar
De quando a gente
Andava nas estrelas
Nas horas lindas
Que passamos juntos...

A gente só queria amar e amar
E hoje eu tenho certeza
A nossa história não
Termina agora
Pois essa tempestade
Um dia vai acabar...

(Refrão)
Quando a chuva passar
Quando o tempo abrir
Abra a janela
E veja: Eu sou o Sol...
Eu sou céu e mar
Eu sou seu e fim
E o meu amor é imensidão...

Só quero te lembrar
De quando a gente
Andava nas estrelas
Nas horas lindas
Que passamos juntos...

A gente só queria amar e amar
E hoje eu tenho certeza
A nossa história
Não termina agora
Pois essa tempestade
Um dia vai acabar...

Refrão (2x)

Oh! Oh! Oh! Oh!
Hey! Hey!
Oh! Oh! Oh! Oh!...

sábado, 24 de outubro de 2009

A poetisa e o poeta, num amor para eternidade

Na manhã deste 24 de outubro, fui até o Horto Florestal, perto de onde moro, para caminhar e entre as árvores a luz de um Sol maravilhoso. 

E ali caminhando sozinho, ao som dos passáros e das folhagens, me peguei pensando no AMOR e seus movimentos na minha existência neste planeta.

Entre um pensamento e outro, um lindo poema me veio a cabeça, e é exatamente sobre esse poema que a história abaixo esta ligada.

- - - o ||| o - - - 

Londres, por volta de 1845, na chamada era vitoriana, em Wimpole Street 50, como de costume, o carteiro da região, retirava da sua sacola maltratada pela intempérie, principalmente do frio do Inverno, um volume relativamente grande de correspondências que costumeiramente eram postadas para aquele endereço. 

Mal sabia ele que, mesmo com uma participação pequena, uma das missivas ali contida,  mudaria de forma substancial, a vida de duas pessoas altamente sensíveis, provocando um dos maiores romances vivos nos anais da literatura mundial.


O romance entre Elizabeth Barret e Robert Browning (nas imagens acima).

Consta que Elizabeth teve uma infância relativamente feliz. Brincava muito, principalmente com o mais velho dos seus irmãos. Complementando os estudos regulares, Elizabeth lia muito sobre todos assuntos, e também aprendeu idiomas como grego e francês. Além de escrever tragédias em verso.

Infelizmente, com a idade de quinze anos, motivada por uma tosse violenta e uma grave lesão nas costas, afetou irreversivelmente a espinha dorsal e também sensivelmente os pulmões.

Não bastando isso, perde a mãe depois de quatro anos da sua lesão, e seu pai vende a casa. Comprando outra na Wimpole Street, local em que a já frágil saúde de Elizabeth se debilitou ainda mais, fazendo com que praticamente se isolasse do mundo exterior.

Robert Browning convivia em um casa localizada em Camberwell, cujos pais benevolentes, e a irmã prestimosa, propiciavam-lhe tempo de sobra para se dedicar e escrever poesias. 

Possuidor de vasta cultura, proveniente dos inúmeros livros que lera, e, logicamente, dos ensinamentos de seu pai, um verdadeiro intelectual, Robert desenvolveu total proficiência nas literaturas, espanhola, francesa, grega e italiana. 

Por sua vez, contrastando com Elizabeth, pela sua versatilidade, cultura e boa aparência, Robert extrapolava seus limites domésticos, participando ativamente do mundo elegante e distinto da época. 

Num cargo público, secretariando um diplomata de carreira, viajou duas vezes a Rússia e, também duas vezes a Itália, cujo país, aliás, considerava como a sua segunda pátria.

Numa determinada etapa da sua vida, Robert, partindo da Itália, com regresso à Inglaterra, sentiu-se momentaneamente desorientado, procurando achar uma novo rumo a sua vida, entregando-se totalmente à leitura. 


Foi nesse ambiente de transformação, provavelmente vulnerável, que pela primeira vez leu os Poemas de Elizabeth Barret, editados em dois volumes.

Seduzido de forma irremediável pelos escritos, exatamente ele que se julgava imune aos caprichos do amor, percebeu de forma arrebatadora que sucumbira aos versos daquela autora, enamorando-se perdidamente pelo espírito e inteligência da poetisa.

Consciente do fato, de uma forma arrebatadora, pegou a caneta, e alinhavou uma das mais celebres confissões de um amor virtual que se têm conhecimento:

"Amo os seus livros com todo o meu coração e amo-a também a si...."

Numa manhã de 1845, extremamente fria, posicionada em seu sofá favorito, no segundo andar da casa de Wimpole Street, já acostumada a receber um volume considerável de correspondências, Elizabeth mudou de uma forma abrupta o seu já tradicional comportamento, quando uma carta mais ousada insinuava algo que fugia ao restrito espectro da poesia. 

Num procedimento inusitado, depois de abrir e conferir as correspondências, num gesto delicado, separou uma delas ternamente que parecia ter arrebatado àquele sofrido coração de mulher, cujos dizeres ficaram arraigados para sempre:

"Amo os seus versos com todo o meu coração. Amo estes livros e amo-a a si também. Sabe que uma vez estive quase a conhecê-la pessoalmente? Uma manhã, o senhor Kenion perguntou-me... Gostaria que eu o apresentasse a Miss Barret?... E foi anunciar-me, mas pouco depois voltou dizendo que a senhora não se sentia bem e assim regressei a casa. Será que nunca a conseguirei ver-te?... De qualquer maneira, quero dizer-lhe que era necessário que os seus poemas fossem escritos para que tão grande alegria e tão sincera satisfação despertassem neste seu devoto admirador Robert Browning."

Como no famoso "Alí Babá e Os Quarenta Ladrões", um dos mais populares contos das "As Mil e Uma Noites", um clássico da literatura Persa, a carta de Robert praticamente abriu as portas do coração de Elizabeth Barret.

Embora não conhecendo-o pessoalmente, mas sim a sua obra ainda desconhecida do grande público, Barret foi tomada por um impulso mais forte que ela, e começou a responder:

"De todo o coração lhe agradeço, caro Sr. Browning"...

"Os Invernos cerram-me todo o horizonte tal como cerram os olhos"...

Embora timidamente, numa composição poética em forma de carta, Elizabeth procurou delicadamente responder aos anseios do seu admirador:

"Na Primavera veremos"...

"Sua dedicada amiga, Elizabeth Barrett."

Subseqüentemente, consta que um número de 573 cartas, registraram essa impressionante história de envolvimento amoroso entre duas pessoas. 

As cartas que Elizabeth recebia, agora quase que diariamente, do ainda desconhecido Robert, eram verdadeiros golpes as barreiras que envolviam seu coração.

O poeta Robert interpretou a frase em epígrafe "Na Primavera veremos..." como um convite encorajador. Porém, a seguir, embora com moderação, Elizabeth respondeu-lhe:

"A minha Primavera chega mais tarde"...

Mas numa terça-feira da segunda quinzena de maio, Robert adentra pelo número cinqüenta de Wimpole Street, dirigindo-se ofegante ao local em que Elizabeth se encontrava. Como que para sacramentar esse primeiro encontro, e a poetisa escreveu:

"Desde que chegaste foi como se fosse para sempre."

Amigos comuns atestaram que Robert ficou loucamente enamorado e mais do que depressa, por escrito, confessou-lhe a sua paixão.

Elizabeth, profundamente angustiada, devolveu-lhe a carta (a única que falta na correspondência posteriormente publicada em dois volumes) e, embora em tom de afeto, assinando a correspondência com amizade e gratidão, proibiu ao galante admirador de falar ou comentar tais assuntos.

A troca de informações se processava de maneira muito intensa, estabelecendo-se uma inequívoca compreensão entre os dois poetas. O vínculo de carinho e intimidade que se formava proveniente da troca de correspondência, por mais paradoxal que possa parecer, era até maior do que os contatos pessoais mantidos religiosamente toda semana.

A presença de Robert na casa era como um balsamo para Elizabeth, dando-lhe novas forças para lutar contra a implacável doença que teimava em deixar de manifestar-se em seu corpo. 

Todavia, com a consolidação dos fatos, não demora muito para acontecer o que poucos , por mais otimistas e esperançosos que fossem, acreditavam que pudesse acontecer.

Numa bela manhã de Verão, sentindo-se muito bem disposta, Elizabeth liberta-se do velho sofá e num feito há muito não presenciado por ninguém, passeia leve e solta pelo quarto e, postada junto à janela, respira fundo o ar puro.

"Agora já me sinto viver", exclamou.

Da sua parte, Robert intensifica de forma insofismável os seus impulsos amorosos, escrevendo-lhe de uma maneira bem mais livre, arrojada até, ciente de que a oposição de Elizabeth, temerosa que em virtude da sua pouca saúde, de alguma maneira pudesse atrapalhar a sua própria vida.

Apesar dos esforços do apaixonado Robert, Elizabeth, já com quarenta anos de idade,  relutava e custava libertar-se dos longos e sofridos anos de invalidez que foi vitima, e nem do respeito exagerado que tinha pelo quase tirano pai, Edward Moulton Barrett, a cujo jugo ainda se mantinha.

Mesmo estando irremediavelmente apaixonada, para ela, fragilizada emocionalmente, e ainda apresentando uma debilidade física pela doença implacável, esse quadro representava uma barreira intransponível.

Todavia, estimulada insistentemente por Robert, a poetisa retirava forças sabe lá de onde e de que maneira, para num grande esforço, sair do quarto e descer ao andar inferior, feito raro, principalmente com a chegada do rigoroso Inverno.

Apesar dos progressos incomensuráveis, ainda mantinha o receio de ser um estorvo para o seu amado, e o pior, ser descoberta nas suas relações sentimentais; com certeza, se o pai soubesse disso, com grande probabilidade destruiria todas as correspondências existentes, e o pior, proibiria de forma enérgica que Robert voltasse a freqüentar a casa.

A medida que os dias avançavam, de uma forma arrebatadora, envolvidos ainda em constantes receios, o amor de ambos crescia e consolidava-se ainda mais. Nesse ínterim, com a chegada da Primavera, numa análise mais apurada da situação, ambos tomaram uma decisão: partirem juntos para Itália.

Temerosa ainda, Elizabeth procurou o fortalecimento físico em pequenas caminhadas, passeios em lugares mais arborizados, visitando pessoas amigas, enfim, criando energia e coragem para concretizar o sonho de uma união feliz com o seu amado.

Todavia, os dias pareciam "galopar", dando a sensação que a rotação cíclica e irremediável das estações climáticas conspiravam contra eles; o Verão aproximava-se do final e outro Inverno, com certeza, seria mais uma tortura para a sua pessoa. Conspirando ainda mais com esses temores, o pai de Elizabeth resolveu reformar a casa da Wimpole Street, sendo necessário o remanejamento de todos da família pelo menos por um mês, para longe das imediações.

Em verdadeiro pânico, Elizabeth envia uma mensagem ao seu namorado. Robert, com a sensibilidade do poeta e do apaixonado, interpretando tal missiva como um pedido de "socorro", responde:

"Se partires, o nosso casamento será adiado pelo menos um ano. Já tivemos ocasião de verificar o que ganhamos em esperar até agora. Devemos, pois, casar imediatamente e partir para Itália. Hoje mesmo pedirei a licença e, deste modo, o casamento poderá realizar-se no próximo sábado."

Não vacilando desta vez, numa manhã de sábado, mais precisamente em 12 de setembro de 1846, Elizabeth acompanhada da fiel criada, cujo pretexto foi o de visitar uma amiga, vai ao encontro do seu amado.

Precavendo-se, pois sentia ainda uma grande fraqueza, comprou em uma farmácia um remédio que de alguma maneira evitou que ela simplesmente desmaiasse; não sem muito esforço, Elizabeth conseguiu chegar a Igreja onde Robert, juntamente com um primo, esperava ansiosamente. De forma discreta, finalmente o casamento concretizou-se.

Embora feliz, porém emocionalmente tensa e esgotada fisicamente, a poetisa teve que adiar a fuga que tinham planejado, e por precaução, Elizabeth regressou a casa na companhia da criada, adiando a fuga por mais uns dias.

Exatamente uma semana após o enlace matrimonial, no dia 19 de setembro de 1846, também num sábado, o sinal verde para que fugisse foi dado. Assim, Elizabeth, sua fiel criada, e até o seu cachorro Flux deixaram definitivamente para trás àquela que teria sido uma verdadeira prisão, a casa de Wimpole Street, 50.

No plano de fuga antecipadamente planejado foi previsto, e isso realmente se concretizou, uma escalada intermediária iniciada na estação de Nine Elmes, perto de Vauxhall, por trem, com destino à tão sonhada felicidade.

Como nos finais dos velhos contos, Robert e Elizabeth viveram felizes por muitos anos. Cidades como Florença, Paris, Pisa e Roma, eram rotas obrigatórias, desfrutando das belezas naturais, do clima, dos amigos, e logicamente da poesia que além de outras afinidades, unia os dois.

Elizabeth, radiante e feliz, sentia-se muito bem de saúde, e para coroar a felicidade definitiva daquela união, em 1849, na Primavera, deu à luz um menino.

Na cidade de Florença, numa tarde de junho, acometida de um repentino e inesperado ataque de bronquite, imediatamente assistida pelo seu médico, nos braços de Robert, a poetisa faleceu.

Num relato comovente, escrito pelo poeta tempos depois afirmou:

"Sempre sorrindo e com uma expressão de felicidade no seu rosto de menina, faleceu, em poucos minutos, com a cabeça apoiada na minha face".

Elizabeth Barret Browning legou-nos um testemunho duradouro do seu grande e puro amor. 

Em uma manhã, na Itália, entregou a Robert um caderno de poemas, mais tarde publicados sob o titulo de "Sonnets from the Portuguese" (Sonetos traduzidos do Português). 

Um deles é considerado o mais belo poema de amor escrito por uma mulher, em língua inglesa. Confira abaixo.

"Amo-te"

Amo-te quanto em largo, alto e profundo
Minhalma alcança quando, transportada,
Sente, alongando os olhos deste mundo,
Os fins do Ser, a Graça entressonhada.
 
Amo-te em cada dia, hora e segundo: 
À luz do Sol, na noite sossegada.
E é tão pura a paixão de que me inundo
Quanto o pudor dos que não pedem nada.
 
Amo-te com o doer das velhas penas;
Com sorrisos, com lágrimas de prece, 
E a fé da minha infância, ingênua e forte. 

Amo-te até nas coisas mais pequenas.
Por toda a vida. E, assim Deus o quiser,
Ainda mais te amarei depois da morte.

A tradução é de ninguém menos que Manuel Bandeira.  

Fonte: O texto acima foi escrito tendo como base a obra de Donald e Louise Peattie, "Uma História de Amor".

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Beth Ditto




Beth Ditto, a polêmica vocalista da banda de indie rock, The Gossip, foge totalmente aos tradicionais padrões de beleza, estilo e comportamento. Apesar disso, ela prova que mesmo indo no caminho inverso das convenções, não lhe falta sensualidade, glamour e muita personalidade.

E essa constatação é avalizada por um dos estilistas mais influentes no mundo da moda do século XX, o alemão Karl Otto Lagerfeld (que é fã da moça).

Beth Ditto nasceu nos Estados Unidos, em Searcy, no Arkansas, em 19 de fevereiro de 1981. Ganhou mais atenção de publico em novembro de 2006 quando foi selecionada pela revista NME (New Musical Express) como a pessoa mais fantástica no mundo do Rock.

A revista citou sua "inconformidade", como a razão para a sua seleção - ela é lésbica, e uma grande defensora dos direitos dos homossexuais.

O sucesso da canção da banda "Standing in the Way of Control" (escrita por Ditto) foi uma resposta à decisão do governo britânico de negar direitos de casamento de casais GLBT.

Ditto também foi nomeada a "Mulher Mais Sexy do Ano" na NME Awards 2007.

Além de compor e cantar, Ditto atualmente escreve uma coluna para a consultoria do jornal britânico "The Guardian", que aparece na sua seção "G2" às sextas-feiras, intitulado "What Would Beth Ditto Do?".

Saiba mais acessando: www.thegossipmusic.com

Tiësto - Adagio For Strings




Acordei cantarolando "Adagio For Strings" do Tiësto... Muuuuuuuuuito bom!...

Tiësto é o nome artístico do DJ, remixer e produtor musical holandês Tijs Verwest, nascido em Breda, em 17 de Janeiro de 1969.

Ele tornou-se um dos nomes mais famosos na cena mundial de trance e música electrónica. Apesar ter utilizado muitos apelidos no passado, ele é mais conhecido pelo seu trabalho como DJ Tiësto.

Nas suas produções mais recentes, no entanto, ele abandonou o rótulo de "DJ" e é conhecido agora como simplesmente "Tiësto", uma alcunha que deriva de seu apelido de infância.

Conforme sua popularidade cresceu no início depois do ano 2000, ele tornou-se o primeiro DJ a apresentar-se para um grande público sem nenhum outro DJ ou outros atos de abertura.

Ele também é notado por ser o primeiro DJ a tocar ao vivo no palco em Jogos Olímpicos na cerimónia de abertura das olimpíadas de 2004 em Atenas, na Grécia.

Entre os inúmeros prêmios ganhou, recebeu uma nomeação para um Grammy Award em 2008, por seu álbum "Elements of Life".

Saiba mais, acessando: www.tiesto.com

Tirada de Tarot - Lua Nova - Outubro/2009

Tirada de Tarot para esta lunação: 
Lua Nova em Libra, 18 de outubro às 03h34 (horário de verão de Brasília). 

Dica astrológica de Oscar Quiroga, para esta lunação: 
"Nenhuma discussão conseguiu, até hoje, fazer com que as pessoas se entendessem 
melhor. Nenhum conflito fez com que os relacionamentos entrassem numa fase de maior 
harmonia. O único ingrediente que conseguiria essa mágica seria a alegria. Propiciar a 
alegria é, também, facilitar o caminho para que todo mundo se sinta melhor."

A lâmina que tirei: "Nove de Paus"

O Nove de Paus mostra um homem cansado e ferido, mas que se mantém firme e atento para qualquer eventualidade. Apoiado num bastão, ele também se encontra protegido por uma série de bastões enfileirados como uma parede atrás dele. 

Esta parede de bastões indica a luta e a necessidade que nos chama a sair de nós mesmos. Uma força necessária para superar um desafio que pode parecer intransponível. 

O homem na carta sobreviveu a muitas batalhas e até usa uma bandagem na cabeça. No entanto, em seus olhos existe a determinação para superar este desafio final para sua realização e vitória.

E o nove é o número da conclusão. É o estágio final de todos os números que vieram antes dele. Neste número também vemos germinar as pequenas sementes que trarão as novas e promissoras árvores.

Quando tiramos um Nove de Paus, estamos muitas vezes no meio de um desafio que surgiu justamente quando achamos que estava tudo ganho, num momento antes de nossa conquista final. A carta indica que temos os recursos internos necessários para superar qualquer dificuldade que encontramos, mesmo que pareça impossível no momento. 

Antes que possamos desistir faltando pouco alcançar o sucesso, o Nove de Paus vem como um sinal de esperança e encorajamento para nos manter firmes e fortes contra o desafio, em busca do nosso objetivo. 

O desafio diante de nós é apenas um pouco do passado de escuridão antes de um maravilhoso amanhecer.

As lições da vida podem ser difíceis às vezes, especialmente quando as esperanças foram frustradas. E é natural sentir-se defensivo em tais ocasiões, mas é preciso tentar evitar tornar-se amargo e pessimista. Nossas experiências às vezes nos deixam feridos, mas também nos dão força para recomeçar. 

A ordem é... Ser cauteloso e permanecer fiel ao nosso propósito. 

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Bailongo! - Asi Se Baila El Tango




Aproveitando esse "momento tango" que circula por aqui, me lembrei de uma sequência de dança do filme "Take the Lead" ("Vem Dançar" - no Brasil).

Estrelado pelo ator Antonio Banderas interpretando um competidor e professor de dança de salão, chamado Pierre Dulaine, o filme não é o que poderíamos chamar de "obra prima", mas para quem gosta de dança ou não quer ferver a cabeça com tramas intrincadas, é um bom divertimento.

Inspirado na história real deste professor, o filme conta que ele entrou como voluntário para ensinar dança a um grupo de alunos do ensino médio de uma área carente do centro de Nova York (EUA), mantidos de castigo.

A princípio, os alunos não dão crédito a Dulaine, principalmente quando descobrem que ele está ali para ensiná-los a dançar, mas seu comprometimento e dedicação inabaláveis pouco a pouco os inspiram a abraçar o programa, que os levam a uma importante competição local de dança de salão.

Agora confiram a sequência, em que os personagens Pierre e Morgan (Antonio Banderas e Katya Virshilas) dançam na frente dos alunos o tango "Asi Se Baila el Tango", composta por Emilio Haro, Gabriel Barredo e a cantora Veronica Verdier (ou Vero Vedier), integrantes de um grupo argentino de "electro tango", chamado Bailongo! .

Excitantemente inspirador!...

Gotan Project - Santa María (del Buen Ayre)




Mais uma do Gotan Project... Desta vez, num vídeo clipe muito bem elaborado e produzido, da música "Santa Maria", do álbum "La Revancha del Tango" (2001).

Gotan Project - Last Tango In Paris (Live)




Estrelado por Marlon Brando (interpretando Paul) e Maria Schneider (no papel de Jeanne), e dirigido por Bernardo Bertolucci, o filme franco-italiano de 1972, "Last Tango in Paris" (Último Tango em Paris), conta a história de um viúvo norte-americano de meia-idade, em Paris, na França, que encontra uma jovem mulher em um apartamento vazio. O casal se envolve numa relação puramente sexual, na qual nem os nomes são ditos.

O filme, que causou um enorme escândalo no mundo todo pelo uso de linguagem chula e de cenas de sexo ousadas para época, ficou famoso também por sua trilha sonora.

A música tema do filme foi composta pelo saxofonista de jazz, argentino, Leandro J. Barbieri, conhecido como Gato Barbieri, que recebeu um Grammy pela música na época.

Aqui, o tema de Barbieri é mostrado de "cara nova" pelo trio Gotan Project, em uma apresentação da turnê "La Revancha del Tango Live".

Gotan Project - Época (Live)




Este final de semana me acabei de tanto dançar "Tango"...

O Tango sempre foi uma paixão em minha vida... E depois de Carlos Gardel, e Astor Piazzola, esse trio de nome Gotan Project (www.gotanproject.com) conseguiu traduzir de forma espetacular, a essência deste gênero para os dias de hoje.

O Gotan Project é um grupo musical formado em Paris, na França, constituído pelos músicos: Philippe Cohen Solal (francês), Eduardo Makaroff (argentino) e Christoph H. Müller (suíço).

O grupo juntou-se em 1999, e o primeiro single a ser lançado foi Vuelvo Al Sur/El Capitalismo Foraneo em 2000/2001, seguido do álbum La Revancha del Tango (2001), Inspiración Espiración (2004), La Revancha del Tango Live (2005), Lunático (2006), El Norte (2006), e Gotan Project Live (2008).

A sua música insere-se no estilo do Tango, mas com elementos eletrônicos, que dão a ele uma nova concepção do gênero, o chamado "tango eletrônico".

O nome deste trio vem do anagrama da palavra "tango", que ao trocar as sílabas fica "gotan".

No Brasil, o sucesso do grupo veio mesmo com o single "Epoca", que foi tema da personagem Bárbara, na novela "Da Cor do Pecado", exibida em 2004 pela Rede Globo de Televisão.

Sendo assim, publico aqui o vídeo em que o grupo executa a música "Época", em uma de suas apresentações na turnê "La Revancha del Tango Live".

sábado, 17 de outubro de 2009

Tirada de Tarot - Lua Miguante - Outubro/2009

Tirada de Tarot para esta lunação: 
Lua quarto minguante em Câncer, 11 de outubro às 05h56 (horário de Brasília). 

Dica astrológica de Oscar Quiroga, para esta lunação: 
"Dizer a verdade é um desafio tão grande quanto se dispor a ouvi-la. No fundo, todas as pessoas têm alguma verdade que precisa ser dita, de modo que a realidade se ajuste e todos possam viver melhor nela. Diga a sua verdade, mas disponha-se a ouvir também. Este é o melhor momento para fazê-lo."

A lâmina que tirei: "Seis de Espadas"

Há momentos em que somos obrigados a abrir mão de algo para concretizar-mos nossos sonhos. No entanto, a tristeza da perda "deste algo" acabará por ser substituída por uma maior clareza, que vai trazer uma nova compreensão e uma aceitação de novas mudanças em nossas vidas. Muitas vezes, quando nós experimentamos o que parece ser tristeza ou perda, na verdade estamos apenas experimentando as dores de um renascimento para um futuro melhor e uma experiência mais tranquila da vida.

O Seis de Espadas pode ser um momento de paz e relaxamento após um longo período de luta. Será necessário aplicar toda a sua energia para a situação chegar a este momento. O primeiro passo para corrigir o problema é reconhecer o fato que fez você sair de seu caminho. O reconhecimento é o suficiente para parar esse curso não promissor.

Você passou por uma transição difícil e agora é muito mais capaz de lidar com o que pode vir. Mudar suas crenças sobre si mesmo, e vislumbrar plenamente a luz no final do túnel.


quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Melody Gardot - Baby I'm A Fool




Depois de "Your Heart Is as Black as Night", mais uma de Melody Gardot... "Baby I'm A Fool"...

How was I to know that this was always only just a little game to you?
All the time I felt you gave your heart
I thought that I would do the same for you,
Tell the truth I think I should have seen it coming from a mile away,
When the words you say are,
“Baby I’m a fool who thinks it’s cool to fall in love”
If I gave a thought to fascination I would know it wasn’t right to care,
Logic doesn’t seem to mind that I am fascinated by the love affair,
Still my heart would benefit from a little tenderness from time to time,
but never mind,
Cos Baby I’m a fool who thinks it’s cool to fall in love,
Baby I should hold on just a moment and be sure it’s not for vanity,
Look me in the eye and tell me love is never based upon insanity,
Even when my heart is beating hurry up the moment’s fleeting,
Kiss me now,
Don’t ask me how,
Cos Baby I’m a fool who thinks it’s cool to fall,
Baby I’m a fool who thinks it’s cool to fall,
And I would never tell if you became a fool and fell in Love.

------------------

"Baby, eu sou uma boba"

Como eu iria saber que tudo isso não passou de um joguinho para você?
As vezes que senti você entregar seu coração.
Pensei em entregar o meu.
Eu deveria ter previsto.
Sempre que vc dizia:
"Querida, eu sou um tolo que acha legal se apaixonar!"

Se eu tivesse prestado mais atenção, perceberia que não vale a pena.
A lógica não se importa com a minha fascinação pela paixão.
Mesmo assim, meu coração precisa de carinho de tempos em tempos, mas deixa pra lá.

Porque, querido, eu sou uma boba que acha legal se apaixonar.
Querido, eu preciso analizar tudo por um momento, para ter certeza que não se trata de vaidade.
Olhe me nos olhos e me diga que o amor não é baseado na insanidade.
Mesmo se meu coração estiver acelerado, em um momento passageiro.

Beije me agora,
Não pergunte como.
Porque, baby, eu sou uma boba que acha legal se apaixonar.
Baby, eu sou uma boba que acha legal...
E nunca saberei se você também virou um bobo apaixonado.

Melody Gardot - Your Heart Is As Black As Night




Estou com as músicas de Melody Gardot na cabeça... Pra quem gosta de jazz de qualidade, não pode deixar de ouvir.

Nascida na Filadélfia, Pensilvânia (EUA), em 1985, a cantora e compositora de jazz, Melody Gardot tem uma história louca rumo ao sucesso.

Aos 19 anos, Gardot foi atropelada por um automóvel enquanto andava de bicicleta. E foi este fato, apesar de trágico, que trouxe seu reconhecimento como grande talento artístico.

O resultado deste acidente foram múltiplas fraturas na região pélvica, cervical e na cabeça. Para recuperar alguma de suas antigas habilidades cognitivas, o seu médico recomendou que fizesse o uso da música como terapia.

Incapacitada e presa a um leito, Melody Gardot seguiu a sugestão médica, compondo e gravando algumas músicas que resultaram no lançamento do EP "Some Lessons - The Bedroom Sessions" (2005). Suas gravações chamaram a atenção de uma emissora de rádio local, que passou a executá-las em sua programação. O sucesso foi tão grande que ela foi incentivada a gravar seu primeiro álbum (uma continuação do EP), batizado de "Worrisome Heart" (2008).

Hoje, com seus 24 anos, ela continua lutando contra as sequelas do acidente que a obriga a usar constantemente óculos escuros (hipersensibilidade à luz), tampões de ouvidos (hipersensibilidade a ruidos), bengala para se apoiar e um dispositivo preso a sua cintura que estimula a produção de endorfina em seu organismo, tornando suas dores mais suportáveis.

Mas apesar disso tudo, segundo a própria Gardot, sua vida com a música tornou todo esse tormento muito mais leve.

Usando elementos do Jazz, Blues e Folk em suas composições e o um jeito suave de cantar, Melody Gardot conquista cada vez mais espaço no mundo da música. Tanto que lançou esse ano o CD "My One and Only Thrill", bastante elogiado pela crítica internacional.

Aqui, estou postando uma das canções dela que mais gosto... "Your Heart Is As Black As Night", deste último álbum.

-------------------

Your eyes may be whole
but the story I'm told
is that your heart is as black as night
Your lips may be sweet
such that i can't compete
but your heart is as black as night
I don't know why you came along
at such a perfect time
but if i let you hang around
I'm bound to lose my mind
cuz your hands may be strong
but the feeling's all wrong
your heart is as black a night
(2x)
your heart is as black
oh, your heart is as black as night
ah-ah oooooo

---------------

Seu coração é tão negro como noite

Seus olhos podem mostrar bondade
mas a história que estou sabendo
é que o seu coração é tão negro como noite
Seus lábios podem ser doces
tanto que não se pode comparar
mas o seu coração é tão negro como noite
Não sei por que você veio
talvez seria um momento perfeito
Mas se eu deixar você ficar
serei obrigada a perder minha razão
porque as suas mãos podem ser fortes
mas o sentimento é todo errado
o seu coração é tão negro como noite
(2x)
o seu coração é tão negro
Oh, seu coração é tão negro como noite
ah-ah oooooo

"Você nasceu como semente, e pode morrer como semente. Mas também pode se tornar uma árvore. A escolha está em suas mãos." Rajneesh Chandra Mohan Jain - Bhagwan Shree Rajneesh - OSHO (1931-1990)

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Fagner - Borbulhas de Amor




Natural da pequena cidade de Orós, no Ceará, completa hoje (13/10), 60 anos de idade, o consagrado cantor, compositor e instrumentista brasileiro Raimundo Fagner Cândido Lopes, ou simplesmente Fagner...

E pra lembrá-lo hoje, escolhi a música "Borbulhas de Amor", que é uma versão (escrita por Ferreira Gullar) de "Burbujas de Amor", do cantor e compositor dominicano Juan Luiz Guerra.

------------------------------

Tenho um coração
Dividido entre a esperança
E a razão
Tenho um coração
Bem melhor que não tivera...
Esse coração
Não consegue se conter
Ao ouvir tua voz
Pobre coração
Sempre escravo da ternura...
Quem dera ser um peixe
Para em teu límpido
Aquário mergulhar
Fazer borbulhas de amor
Prá te encantar
Passar a noite em claro
Dentro de ti...
Um peixe
Para enfeitar de corais
Tua cintura
Fazer silhuetas de amor
À luz da lua
Saciar esta loucura
Dentro de ti...
Canta coração
Que esta alma necessita
De ilusão
Sonha coração
Não te enchas de amargura...
Esse coração
Não consegue se conter
Ao ouvir tua voz
Pobre coração
Sempre escravo da ternura...
Quem dera ser um peixe
Para em teu límpido
Aquário mergulhar
Fazer borbulhas de amor
Prá te encantar
Passar a noite em claro
Dentro de ti...
Um peixe
Para enfeitar de corais
Tua cintura
Fazer silhuetas de amor
À luz da lua
Saciar esta loucura
Dentro de ti...
Uma noite
Para unir-nos até o fim
Cara-cara, beijo a beijo
E viver
Para sempre dentro de ti...
Quem dera ser um peixe
Para em teu límpido
Aquário mergulhar
Fazer borbulhas de amor
Prá te encantar
Passar a noite em claro
Dentro de ti...
Um peixe
Para enfeitar de corais
Tua cintura
Fazer silhuetas de amor
À luz da lua
Saciar esta loucura
Dentro de ti...(3x)
Para sempre
Dentro de ti...

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Alessandro Safina - Luna




Interpretada magistralmente por Alessandro Safina... Fiquei com essa música na cabeça durante todo o dia de hoje...

O tenor italiano Alessandro Safina (nascido em Siena, no dia 14 de outubro de 1963) descobriu sua paixão por cantar ainda criança, ele tinha apenas nove anos quando começou a estudar música, e logo mostrou um gosto específico e talento para a música clássica.

Seus pais eram ardorosos amantes da ópera, e incutiram em seu filho essa paixão ainda cedo. Ele começou a freqüentar uma academia musical, quando tinha doze anos.

Com 17 anos, Alessandro se tornou um dos mais aplicados alunos da Luigi Conservatorio di Musica "Cherubini" em Florença. Seu crescimento na música foi rápido, e ele foi logo apresentar as principais e mais famosas óperas em vários estádios europeus.

Em 1989, ele anhou o primeiro prêmio no "Concorso Internazionale Lirico" em Mantova, uma competição dedicada ao cantor italiano soprano Katia Ricciarelli. O prêmio marca o início de uma brilhante carreira no mundo da ópera.

Em 1990, o cantor fez sua estréia como "Rodolfo", em "La Bohème" de Giacomo Puccini, ao lado de Katia Ricciarelli. Com o sucesso, sua carreira cresceu até ser conhecido internacionalmente.

--------------------

Choeur: Only you can hear my soul, only you can hear my soul

Luna, tu
Quanti sono i canti che risuonano
Desideri che attraverso i secoli
Ha soltanto il cielo per raggiungerti
Porto per poeti che non scrivono
E che il loro senno spesso perdono
Tu accogli i sospiri di chi spasima
E regali un sogno ad ogni anima
Luna che mi guardi adesso ascoltami

Choeur: Only you can hear my soul, only you can hear my soul

Luna, tu
Che conosci il tempo dell'eternità
E il sentiero stretto della verità
Fa più luce dentro questo Cuore mio
Questo cuore d’uomo che non sa, non sa

Che l’amore puo nascondere il dolore
Come un fuoco ti può bruciare l’anima

Luna, tu
Tu rischiari il cielo e la sua imensità
E ci mostri solo la metà che vuoi
Come poi facciamo quasi sempre noi
Angeli di creta che non volano
Anime di carta che s'incendiano
Cuori come foglie che poi cadono
Sogni fatti d’aria che svaniscono
Figli della terra e figli tuoi che sai

Che l’amore puo nascondere il dolore
Choeur/A. Safina: Che l’amore puo nascondere il dolore

Come un fuoco ti può bruciare l’amima
Choeur/A. Safina: Come un fuoco ti puo bruciare l’amima

Choeur/A. Safina: Alba lux, diva mea, diva es silentissima

Ma è con l’amore che respira il nostro cuore
E la forza che tutto muove e illumina! . . .

Choeur: Only you can hear my soul, only you can hear my soul

Alba lux, diva mea, diva es silentissima ! . . .

----------------------

Você, lua
quantas são as
canções que ressoam
desejos que
através dos séculos
marcaram o céu
para chegar a você
porto para poetas
que não escrevem
e seguidamente
perdem suas cabeças
você que acolhe
os suspiros
de quem sofre por amor
e doa um sonho
a cada alma
lua que me olha
agora, ouça-me
você, lua
que conhece
o tempo da eternidade
e a trilha estreita
da verdade
faça mais luz
neste meu coração
este coração de homem
que não sabe
não sabe
que o amor
pode esconder a dor
como uma chama
pode queimar-lhe a alma
você, lua
você clareia o céu
e a sua imensidão
nos mostra somente
a metade que quer
como quase sempre
depois nós faremos
anjos de argila
que não voam
almas de papel
que se incendeiam
coração como folhas
que depois caem
sonhos feitos de ar
que desaparecem
filhos da terra
e filhos seus
que sabe que o amor
pode esconder a dor
como a chama
pode queimar-lhe a alma
mas é com o amor
que respira
é o nosso coração
é a força
que tudo
movimenta e ilumina

Tirada de Tarot - Lua Cheia - Outubro/2009

Tirada de Tarot para esta lunação: 
Lua Cheia em Áries, 04 de outubro às 03h10 (horário de Brasília). 

Dica astrológica de Oscar Quiroga, para esta lunação: 
"Momento de renovação. Quanto mais radical você for nesse sentido, melhores serão os resultados que irá colher num futuro não muito distante. Faça luzir a criatividade, resista o menos possível ao avanço das inovações, lembre que a humanidade nunca teria saído das cavernas se não tivesse se atrevido a exercer o dom da criatividade". 

A lâmina que tirei: "Temperança"

A Temperança é uma carta que recorrentemente sai em minhas tiradas, desde o meu primeiro contato efetivo com o Tarot, há pelo menos 25 anos.

Desde que comecei a publicar minhas tiradas aqui, essa é a segunda vez. 

A carta da Temperança nos chama atenção ao reconhecimento do fluxo em nossas vidas, observando a natureza da energia nele contido. 

Ao nos colocarmos em silêncio, naturalmente somos levados a investigar os caminhos de nossa vida. E as vezes de maneiras mais claras, e outras de formas mais sutis, começamos a identificar os padrões que agem neste fluxo para aquele determinado momento. E a Temperança aqui, nos incentiva a utilizar esses padrões a fim de encontrar o equilíbrio necessário à continuidade de nossa caminhada rumo ao destino objetivado. 

Quando a moderação é colocada em jogo, e temos contato com um fluxo natural, então a cura começa a ocorrer em todos os níveis. 

Moderação sim, mas com a clareza de que inércia não deve existir.

Tê-la novamente regendo uma lunação, neste momento de minha vida, deixa-me feliz, pois evidencia que tudo está caminhando da melhor maneira rumo ao que desejo. 

Mais uma vez, grato aos Deuses por isso!...

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Altemar Dutra




Ouvi muito ao lado do meu avô... E é sempre bom recordar...

-----------------

Natural de Aimorés, em Minas Gerais, o cantor Altemar Dutra de Oliveira, ou apenas Altemar Dutra como ficou conhecido artísticamente, se vivo estaria completando hoje 69 anos de idade.

Aclamado como "Rei do Bolero" no Brasil, Altemar Dutra foi sucesso em toda a América Latina interpretando canções como "Sentimental Demais", "O Trovador", "Brigas" e "Que Queres Tu de Mim", boa parte de autoria da dupla Evaldo Gouveia e Jair Amorim.

Depois de ter dominado as paradas de sucesso locais e latino-americanas, a partir de 1969 passou a conquistar fãs de origem latina nos Estados Unidos. E em pouco tempo tornou-se um dos mais populares cantores estrangeiros por lá.

E foi numa temporada de shows nos Estados Unidos, no clube noturno "El Continente", em Nova Iorque, que vítima de um derrame cerebral, Altemar Dutra faleceu aos 43 anos, em 09 de novembro de 1983.

No vídeo, a abertura do show em comemoração aos 20 anos de carreira do cantor, na TV Cultura, onde ele apresenta breves trechos de "Tudo de Mim", "Serenata na Chuva", "Que Queres Tu de Mim" e "Brigas".

-------------------

"Tudo de Mim"

De que é feito afinal
Esse seu coração
E que espécie de amor
Voce deseja dar
Se me humilho demais
Me abaixo até o chão
Ainda fico a dever
Sem lhe contentar
O que mais quer você
Se tudo já lhe dei
Se o que resta de mim
Sorrindo lhe entreguei
Se do pranto do olhar
Nem mesmo tenho mais
Uma gota sequer
Para chorar
Só minha vida
Eu não lhe dou
Como lhe dar
Se morto estou

"Serenata Na Chuva"

Só lá fora à chuva que cai, só eu pego o meu violão
Ah, tanjo o bordão e esta canção tão triste sai
sou um seresteiro à sonhar, só sem ter ninguem sem luar
canto e a chuva fria cai, canto nesta noite assim, chove
solidão dentro de mim...
Onde andará neste momento o meu amor, em que pensará
longe de mim sem meu calor,
tão sozinho agora estou, canto e a chuva não tem fim,
chove esta saudade sobre mim.

"Que Queres Tu de Mim"

Que queres tu de mim
Que fazes junto a mim
Se tudo está perdido amor
Que mais me podes dar
Se nada tens a dar
Que a marca de uma nova dor
Loucura reviver
Inútil se querer
O amor que não se tem
Por que voltaste aqui
Se estando junto a ti
Eu sinto que estou sem ninguém
Que pensas tu que eu sou
Se julgas que ainda vou
Pedir que não me deixes mais
Não tenho que pedir
Nao sei o que pedir
Se tudo que desejo é paz
Que culpa tenho eu
Se tudo se perdeu
Se tu quiseste assim
E então que queres tu de mim
Se até o pranto que chorei
Se foi por ti não sei

"Brigas"

Veja só
Que tolice nós dois
Brigarmos tanto assim
Se depois
Vamos nós a sorrir
Trocar de bem no fim
Para que maltratarmos o amor
O amor não se maltrata não
Para que se essa gente o que quer
É ver nossa separação
Brigo eu
Você briga também
Por coisas tão banais
E o amor
Em momentos assim
Morre um pouquinho mais
E ao morrer então é que se vê
Que quem morreu fui eu e foi você
Pois sem amor
Estamos sós
Morremos nós

Mercedes Sosa - Gracias a La Vida




Homenagem a cantora argentina Mercedes Sosa, que ficou conhecida em todo mundo por por suas composições e interpretações com fortes influências nas raízes da música folclórica argentina. Seu trabalho foi tão marcante nesse segmento, que ela se tornou um dos expoentes do movimento conhecido como "Nueva Canción".

Apelidada pelos fãs de "La Negra" devido à ascendência amerindia, Mercedes Sosa dividiu vocais com outras personalidades da música, gravando com com artistas argentinos como León Gieco, Charly García, Antonio Tarragó Ros, Rodolfo Mederos e Fito Páez, e internacionais como Chico Buarque, Daniela Mercury, Milton Nascimento, Caetano Veloso, Gal Costa, Sting, Andrea Bocelli, Luciano Pavarotti, Nana Mouskouri, Joan Baez, Silvio Rodríguez, Pablo Milanés, e mais recentemente com a cantora colombiana Shakira.

Mercedes Sosa, nasceu na cidade argentina de San Miguel de Tucumán, no dia 09 de julho de 1935, e faleceu aos 74 anos, em Buenos Aires, no último domingo, 04 de outubro de 2009, por causa de um problema renal, agravado por complicações hepáticas e pulmonares.

Neste vídeo Mercedes Sosa interpreta "Gracias a La Vida", da chilena Violeta Parra...

--------------------

Gracias a la vida que me ha dado tanto.
Me dio dos luceros, que cuando los abro,
Perfecto distingo lo negro del blanco
Y en el alto cielo su fondo estrellado
Y en las multitudes el hombre que yo amo.

Gracias a la vida que me ha dado tanto.
Me ha dado el oído que en todo su ancho
Graba noche y día, grillos y canarios,
Martillos, turbinas, ladridos, chubascos,
Y la voz tan tierna de mi bien amado.

Gracias a la vida que me ha dado tanto.
Me ha dado el sonido y el abecedario;
Con el las palabras que pienso y declaro:
Madre, amigo, hermano, y luz alumbrando
La ruta del alma del que estoy amando.

Gracias a la vida que me ha dado tanto.
Me ha dado la marcha de mis pies cansados;
Con ellos anduve ciudades y charcos,
Playas y desiertos, montañas y llanos,
Y la casa tuya, tu calle y tu patio.

Gracias a la vida que me ha dado tanto.
Me dio el corazón que agita su marco
Cuando miro el fruto del cerebro humano,
Cuando miro al bueno tan lejos del malo,
Cuando miro al fondo de tus ojos claros.

Gracias a la vida que me ha dado tanto.
Me ha dado la risa y me ha dado el llanto.
Así yo distingo dicha de quebranto,
Los dos materiales que forman mi canto,
Y el canto de ustedes que es mi mismo canto,
Y el canto de todos que es mi propio canto.

Gracias a la vida que me ha dado tanto.

------------------

Graças à Vida

Graças à vida que me deu tanto
Me deu dois olhos que quando os abro
Perfeito distinguo o preto do branco
E no alto céu seu fundo estrelado
E nas multidões o homem que eu amo

Graças à vida que me deu tanto
Me deu o ouvido que em todo seu comprimento
Grava noite e dia grilos e canários
Martírios, turbinas, latidos, aguaceiros
E a voz tão terna de meu bem amado

Graças à vida que me deu tanto
Me deu o som e o abecedário
Com ele, as palavras que penso e declaro
Mãe, amigo, irmão
E luz iluminando a rota da alma do que estou amando

Graças à vida que me deu tanto
Me deu a marcha de meus pés cansados
Com eles andei cidades e charcos
Praias e desertos, montanhas e planícies
E a casa sua, sua rua e seu pátio

Graças à vida que me deu tanto
Me deu o coração que agita seu marco
Quando olho o fruto do cérebro humano
Quando olho o bom tão longe do mal
Quando olho o fundo de seus olhos claros

Graças à vida que me deu tanto
Me deu o riso e me deu o pranto
Assim eu distinguo fortuna de quebranto
Os dois materiais que formam meu canto
E o canto de vocês que é o mesmo canto
E o canto de todos que é meu próprio canto

Graças à vida, graças à vida