segunda-feira, 25 de maio de 2009

Os 80 anos de Johnny Alf


O clima era de um encontro entre velhos amigos. Assim transcorreu o show que fui convidado a assistir, neste final de semana. Uma apresentação do cantor e compositor carioca Alfredo José da Silva, mais conhecido como Johnny Alf, em comemoração aos seus 80 anos de vida, completados no último dia 19 de maio. 


Acompanhado da sua banda formada por Marcos Souza (contrabaixo), Alexis Bittencourt (guitarra), Celso de Almeida (bateria) e Idriss Boudrioua (sax), Johnny Alf relembrou composições consagradas como "O que é Amar", "Rapaz de Bem", "Ilusão à Toa", "Quem Sou eu", "Olhos Negros", "Céu e Mar" e "Eu e a Brisa", no moderno e bem estruturado auditório do Sesc Pinheiros (São Paulo), dividindo os microfones com dois outros grandes nomes da nossa música, Alaíde Costa e Emílio Santiago.

Música de qualidade, com músicos interpretes de primeira linha, mostrando a real razão de estarem naquele palco. Sem dúvida um momento único, que me emocionou muito.

E como amante e crítico desta arte que se chama "música", digo que justiça deve ser feita. Há 50 anos, nascia um novo estilo musical no Brasil chamado "Bossa Nova", que mudou o cenário da música brasileira, aqui e em todo mundo. 

Mas na verdade essa mudança começou bem antes, com Johnny Alf, na boate Plaza, em Copacabana, no Rio, mostrando em suas apresentações toda uma harmonia nova em suas composições. E esse novo jeito de fazer música brasileira, foi literalmente usado como base para esculpir o que mais tarde se tornaria a Bossa Nova que conhecemos.

E para homenagear Johnny Alf, que na minha opinião, foi esquecido nas comemorações de "50 anos da Bossa Nova", publiquei aqui o seu maior sucesso, gravado por muitos cantores e cantoras, "Eu e a Brisa" (1967), interpretado pelo próprio Alf.

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