sábado, 4 de junho de 2011

Dulce Pontes - Canção do Mar




Música na cabeça... #faunocantando

Natural de Montijo, em Portugal, Dulce José Silva Pontes, ou simplesmente Dulce Pontes como ficou conhecida, é uma das cantoras portuguesas mais populares e reconhecidas internacionalmente. Canta canções pop, música tradicional portuguesa (fado e folclore), bem como música clássica.

Costuma definir-se como uma artista da world music. Também compõe alguns dos temas que canta. A sua atividade artística contribuiu para o renascimento do fado nos anos noventa do século passado. Dulce distingue-se principalmente pela sua voz, que é versátil, dramática e com uma capacidade de transmitir emoções sem cair na vulgaridade.

É uma soprano dramática com uma voz potente, versátil e penetrante. É considerada uma das melhores artistas dentro do panorama musical português. Já atuou em palcos como o Carnegie Hall e ao lado de nomes como Enio Morricone, Andrea Bocelli e José Carreras.

Nascida 08 de Abril de 1969, Dulce quando criança, aprendeu a tocar piano, estudando música no Conservatório de Lisboa. Estudou Dança Contemporânea entre os 7 e os 17 anos de idade. Em 1988, ao participar de uma audição, foi selecionada entre várias candidatas para participar de uma comédia musical de nome "Enfim sós", iniciava aí a sua carreira artística. Prosseguindo atuou como atriz, cantora e bailarina em outra peça de nome "Quem tramou o Comendador". Em 1990 foi convidada a integrar o espetáculo "Licença para jogar".

Tornou-se popular junto do público português através do programa de televisão "Regresso ao passado". Em 1991 vence o Festival RTP da Canção, tendo representado Portugal no Festival Eurovision da Canção, onde cantou "Lusitana Paixão". Alcançou o oitavo lugar entre 22 países participantes, uma das melhores participações de Portugal no Eurofestival.

Em 1992 Dulce gravou o seu primeiro álbum, chamado "Lusitana". Continha principalmente canções pop, que certamente eram ainda muito abaixo das ambições, capacidades e imaginação artística de Dulce. Todavia, já naquela altura sabia-se que Dulce era uma excelente fadista. As primeiras provas disso apareceram um ano depois (1993), quando foi lançado o seu segundo disco, chamado "Lágrimas".

Dulce abordou o fado de uma forma muito pouco tradicional. Misturava fado tradicional com ritmos e instrumentos modernos, procurando novas formas de expressão musical. Enriquecia os ritmos ibéricos com sons e motivos inspirados pela tradição da música árabe e balcânica, principalmente búlgara. A sua versão do clássico "Povo Que Lavas No Rio" era tudo menos clássica. Mas o álbum Lágrimas tinha também faixas bem tradicionais, fados clássicos gravados ao vivo em estúdio e cantados em rigor com todas as exigências do fado tradicional.

Foram estes os temas "Lágrima" e "Estranha Forma de Vida" que lhe renderam a fama de "sucessora e herdeira da Amália Rodrigues". Mas o maior êxito do álbum Lágrimas foi um outro clássico, "A Canção do Mar", que, no Brasil, foi usado como tema de abertura de uma novela do SBT, adaptação do romance "As Pupilas do Senhor Reitor", de Júlio Dinis.

Interpretado magistralmente por Dulce, este tema tornou-se um dos maiores êxitos da canção portuguesa até hoje (paradoxalmente nesta versão da "Canção do Mar" é possível notar muito bem as influências árabes), sendo provavelmente a canção portuguesa mais conhecida fora de Portugal, interpretada pelo mundo a fora por vários artistas (mais recentemente pela Sarah Brightman, que fez da "Canção do Mar" o principal tema musical do seu disco intitulado "Harem"). "A Canção do Mar" interpretada pela Dulce faz também parte da banda sonora do filme norte-americano "As Duas Faces de um Crime" (título inglês - "Primal Fear"), no qual Richard Gere contracena com Edward Norton.

Em 1995 Dulce lançou o álbum Brisa do Coração, que é um disco gravado ao vivo durante um concerto que foi gravado na Cidade do Porto, em 06 de maio de 1995. O disco seguinte, "Caminhos", foi lançado em 1996. Este álbum continha temas clássicos como "Fado Português", "Gaivota" e "Mãe Preta", interpretados com grande maestria, bem como composições originais. A crítica afirmou tersido esste o seu melhor disco até então. Os arranjos eram mais harmoniosos e menos radicais. Este trabalho rendeu a Dulce Pontes a consolidação como uma grande fadista. Mas Dulce estava interessada em ser uma artista versátil, heterogénea, que não hesita em ultrapassar as fronteiras de vários géneros musicais.

O disco "O Primeiro Canto" foi lançado em 1999. A crítica considerou o melhor, e também o mais ambicioso e difícil álbum na carreira de Dulce. Neste disco ela confirma que estava seriamente interessada em ser uma artista de world music. Em "O Primeiro Canto", Dulce introduz elementos do jazz (o álbum contou com a colaboração da Maria João) e optou por uma sonoridade acústica. Dá nova vida a antigas tradições musicais da Península Ibérica (canta não só em português, mas também em galego e mirandês), redescobre melodias e instrumentos há muito esquecidos.

Foi lançada uma edição especial deste disco com três faixas adicionais: uma versão em espanhol de "Pátio dos Amores", o célebre tango do inesquecível Astor Piazzolla "Balada para un Loco", e uma música composta por Dulce, "A minha barquinha".

Em 2002 foi lançado o disco Best Of. E em 2003 uma grande novidade deu uma reviravolta na vida artística de Dulce Pontes. Ela lançou álbum "Focus", que é fruto da colaboração com Maestro Ennio Morricone. Dulce cantou alguns dos clássicos do compositor, mas o disco contém também composições originais, compostas pelo Maestro especialmente para a voz da Dulce. O principal objetivo deste disco foi consagrar uma grande voz. Gravado na Itália, este álbum foi destinado tanto ao público português como internacional, pois contém temas cantados em português, inglês, espanhol e italiano.

O álbum "O Coração Tem Três Portas" foi gravado ao vivo, em 25 de novembro de 2006, no recente Coliseu de Elvas, para um público aproximado de 6 mil pessoas. Produzido na íntegra por Dulce, ele é composto por 2 CD´s e um DVD.

Em 2008, Dulce comemora 20 anos de carreira. E em 2009 lança o álbum duplo "Momentos", celebrando seu reconhecimento internacional.

Ao longo da sua carreira Dulce Pontes fez parcerias com vários artistas internacionais, como Cesária Évora, Caetano Veloso, Marisa Monte, Andrea Bocelli, Carlos Núñez, a banda celta The Chieftains, George Delaras e o artista basco Kepa Junkera.

Aqui você fica, com uma de suas canções mais aclamadas... Pra mim, sem dúvida a mais linda!... "Canção do Mar"...

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Composição : Frederico de Brito / Ferrer Trindade

Fui bailar no meu batel
Além do mar cruel
E o mar bramindo
Diz que eu fui roubar
A luz sem par
Do teu olhar tão lindo

Vem saber se o mar terá razão
Vem cá ver bailar meu coração

Se eu bailar no meu batel
Não vou ao mar cruel
E nem lhe digo aonde eu fui cantar
Sorrir, bailar, viver, sonhar contigo

Vem saber se o mar terá razão
Vem cá ver bailar meu coração

Se eu bailar no meu batel
Não vou ao mar cruel
E nem lhe digo aonde eu fui cantar
Sorrir, bailar, viver, sonhar contigo

12 comentários:

  1. eu aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaamo essa musica!!!! Nossa....até choro de tão linda!*suspiro*

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  2. Não há uma só fez que eu não me emocione ao ouvir essa canção...
    Linda demais!... =)

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  3. Vou-me embora para Portugal,lá vestirei um xale preto e cantarei fados.Vem comigo!rs

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  4. Com certeza!... Portugal é lindo!... Me avisa que eu arrumo as malas...rsrs

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  5. Tem certeza que quer me ouvir cantando? Não recomendo!

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  6. eu aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaamo essa musica!²
    e tb não quero demorar a ir a Portugal =))
    se a iony não cantar, eu canto, rs

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  7. Essa é uma música da minha infância. Adoro a Dulce Pontes.

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  8. Então tá combinado!... Vamos nos planejar para visitar os patrícios lusitanos... E curtir noites a dentro cantarolando fados... =)

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  9. Tbm adoro, Inês!... Ela é tudo de bom... =)

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  10. Eu já tenho o xale, falta só nascer de novo e cantar direito!

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